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Dr. Erivelto Volpi
jan. 24, 2024

A menopausa pode afetar a tireoide?

Sim, a menopausa pode afetar a tireoide devido às mudanças hormonais, aumentando o risco de distúrbios como o hipotireoidismo e predispondo a condições autoimunes, como a doença de Hashimoto. A monitorização regular e tratamento adequado são essenciais para gerenciar impactos na saúde tireoidiana durante a menopausa.

A menopausa e a função tireoidiana estão interconectadas de maneiras complexas. Durante a menopausa, ocorrem alterações hormonais significativas, como a diminuição dos níveis de estrogênio. Essa mudança hormonal pode influenciar a tireoide, uma glândula endócrina que regula o metabolismo e a produção de hormônios. Estudos indicam que a menopausa pode aumentar o risco de distúrbios tireoidianos, como hipotireoidismo, devido à influência direta dos hormônios sexuais na produção e regulação dos hormônios tireoidianos.


O hipotireoidismo, muitas vezes associado à menopausa, pode levar a sintomas semelhantes aos experimentados durante essa fase, como ganho de peso, fadiga e alterações de humor. A relação entre a menopausa e a tireoide também está ligada à autoimunidade. Mulheres na menopausa podem ter maior predisposição a distúrbios autoimunes da tireoide, como a doença de Hashimoto. Essa condição ocorre quando o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, comprometendo sua função.


É fundamental que mulheres na menopausa monitorem regularmente sua saúde tireoidiana, realizando exames de sangue para avaliar os níveis de hormônios tireoidianos. O tratamento adequado, seja com hormônios tireoidianos sintéticos ou outras abordagens, pode ajudar a mitigar os sintomas e melhorar a qualidade de vida durante a menopausa. Em suma, a menopausa pode influenciar a tireoide de várias maneiras, destacando a importância da atenção médica especializada para um gerenciamento eficaz dessa fase da vida.

Como saber que a menopausa está afetando a tireoide?

Identificar se a menopausa está afetando a tireoide envolve a observação atenta de sintomas específicos. Primeiramente, mudanças repentinas no peso corporal, especialmente um ganho significativo, podem indicar disfunção tireoidiana associada à menopausa. O hipotireoidismo, por exemplo, pode levar ao aumento de peso não explicado por alterações na dieta ou atividade física.


Outro indicador importante é a observação de sintomas emocionais e mentais. Alterações de humor frequentes, irritabilidade, ansiedade ou depressão podem estar relacionadas a desequilíbrios hormonais, comuns durante a menopausa, que também afetam a tireoide. Esses sinais podem incluir cansaço persistente, falta de energia e dificuldade de concentração, indicativos de possível comprometimento tireoidiano.


A atenção aos sinais físicos é crucial. Mulheres na menopausa devem estar alertas para sintomas como pele seca, cabelos quebradiços, unhas frágeis e sensação constante de frio. Esses podem ser indícios de hipotireoidismo, uma condição que pode ser desencadeada ou agravada durante a menopausa.


Exames laboratoriais regulares são essenciais para avaliar os níveis de hormônios tireoidianos. A análise de TSH (hormônio estimulante da tireoide) e T4 livre pode fornecer informações precisas sobre o funcionamento da tireoide. Se houver qualquer suspeita de alterações hormonais significativas durante a menopausa, a consulta com um endocrinologista é recomendada para uma avaliação mais aprofundada.

Como evitar que a menospausa altere a tireoide?

Para evitar que a menopausa altere a tireoide, o primeiro passo é adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta balanceada rica em nutrientes essenciais. A ingestão adequada de iodo, selênio e zinco, por exemplo, é vital para o funcionamento adequado da tireoide, auxiliando na prevenção de distúrbios relacionados à menopausa.


Além disso, a prática regular de atividade física é fundamental para manter o peso corporal e regular os níveis hormonais, minimizando o risco de alterações na tireoide durante a menopausa. Estratégias de gerenciamento do estresse, como a prática de técnicas de relaxamento, podem desempenhar um papel significativo, uma vez que o estresse crônico pode afetar negativamente a função tireoidiana.


Consulta médica regular é outra medida crucial. Realizar exames periódicos para avaliar os níveis hormonais, especialmente os relacionados à tireoide, permite a detecção precoce de qualquer irregularidade. O tratamento precoce pode ajudar a evitar complicações significativas durante a menopausa e manter um equilíbrio hormonal adequado.


Por fim, o diálogo aberto com profissionais de saúde é fundamental. Mulheres na menopausa devem discutir suas preocupações e sintomas com seus médicos, permitindo um acompanhamento personalizado e a implementação de estratégias específicas para evitar ou mitigar impactos na tireoide. Essa abordagem proativa contribui para a preservação da saúde geral durante essa fase da vida.

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