E preciso fazer mais de uma sessão de ablação de tiroide por radiofrequência em caso de nódulo grande?

Sim, em nódulos tireoidianos grandes, pode ser necessário fazer mais de uma sessão de ablação por radiofrequência, dependendo do volume e da resposta individual ao tratamento.
A ablação de tireoide por radiofrequência (RFA) é um procedimento moderno e minimamente invasivo utilizado para reduzir nódulos benignos sem remover a tireoide e sem deixar cicatriz. A técnica funciona por meio da aplicação de energia térmica diretamente no nódulo, provocando uma redução progressiva ao longo de semanas e meses. No entanto, quando o nódulo é muito volumoso, a pergunta é comum: uma sessão é suficiente?
A resposta depende das características do nódulo. Nódulos menores costumam responder muito bem a apenas uma sessão, com reduções que podem ultrapassar 50% a 80% ao longo de 6 a 12 meses. Já nódulos grandes — especialmente acima de 3 a 4 centímetros — podem exigir sessões adicionais para alcançar redução funcional e estética plena. Isso ocorre porque, quanto maior o volume inicial, maior a área a ser tratada.
Outro ponto importante é que a RFA é um tratamento personalizado: o especialista observa evolução, sintomas, padrão de redução e expectativas do paciente. Em muitos casos, mesmo nódulos grandes apresentam melhora significativa após uma única sessão, tornando desnecessário um segundo procedimento. Porém, quando o nódulo não reduz o suficiente para aliviar sintomas compressivos ou atingir o resultado desejado, uma nova sessão pode ser indicada após alguns meses.
O objetivo nunca é “queimar todo o nódulo de uma só vez”, mas sim promover redução segura, gradual e controlada. Por isso, o acompanhamento com ultrassom é fundamental. O especialista avalia a resposta e decide, com precisão, se outra sessão será realmente necessária.
Nódulos de tireoide grandes respondem diferente à radiofrequência?
Sim. Embora o princípio da RFA seja o mesmo para nódulos pequenos e grandes, a resposta pode variar conforme o volume inicial. Nódulos volumosos têm maior quantidade de tecido a ser tratado, o que pode exigir maior tempo de aplicação ou a necessidade de complementar o tratamento com uma segunda sessão. Isso não significa que a técnica seja menos eficaz — apenas que o processo pode ser progressivo.
Em nódulos muito grandes, a primeira sessão costuma focar nas áreas de maior impacto estético ou compressivo. Após avaliar a redução nos primeiros meses, o especialista identifica se o núcleo central ou regiões profundas ainda precisam de mais energia térmica. Assim, a segunda sessão é direcionada apenas ao que restou ativo.
Mesmo quando o nódulo é grande, muitos pacientes já percebem alívio significativo após a primeira sessão — especialmente em sintomas como pressão no pescoço, dificuldade para engolir e sensação de volume. Porém, para alcançar um resultado mais completo, tanto funcional quanto estético, a sessão complementar pode ser recomendada.
Essa evolução controlada é uma das grandes vantagens da RFA: o paciente preserva a glândula, evita cirurgia e tem uma redução contínua monitorada de perto.
Por que nódulos de tireoide grandes podem precisar de mais de uma sessão?
O motivo principal é a segurança. Tentar reduzir um nódulo grande demais em uma única sessão poderia gerar desconforto excessivo ou comprometer estruturas próximas. Por isso, o especialista aplica a energia de forma controlada, respeitando a anatomia do paciente e o espaço ao redor da tireoide.
Além disso, nódulos grandes podem apresentar áreas diferentes de consistência: regiões mais firmes, áreas mais vascularizadas e parte interna mais resistente ao calor. Em muitos casos, a primeira sessão é suficiente para tratar a maior parte do volume, e a segunda é feita apenas para refinar o resultado.
Outro fator é a resposta individual. Alguns nódulos reduzem muito rapidamente; outros, mais lentamente. Esse comportamento depende de composição, vascularização e absorção do tecido tratado. Quando o nódulo não atinge a redução desejada após o período inicial de acompanhamento, o cirurgião ou radiologista intervencionista pode indicar nova sessão.
A necessidade de mais de uma sessão não significa falha do procedimento — pelo contrário, faz parte da abordagem progressiva, segura e personalizada que caracteriza a radiofrequência.
Depois de quanto tempo é possível fazer uma nova sessão de RFA para nódulos de tireoide grande?
O intervalo mais comum entre uma sessão e outra é de 3 a 6 meses, tempo suficiente para observar a redução natural provocada pela primeira aplicação. Nesse período, o nódulo passa por retração gradual, diminuindo seu volume e tornando mais clara a necessidade — ou não — de uma segunda sessão.
Esse intervalo também permite que o pescoço recupere sua sensibilidade e que a tireoide continue funcionando normalmente. Não há impacto hormonal significativo, já que o procedimento preserva o tecido saudável ao redor do nódulo.
Durante esse período, o paciente realiza ultrassons de controle, geralmente em 30, 60 e 90 dias, até a reavaliação final. O especialista analisa:
- percentual de redução do nódulo,
- melhora estética do pescoço,
- alívio dos sintomas compressivos,
- se ainda há áreas ativas do nódulo,
- se o resultado atende às expectativas do paciente.
Se após esse intervalo o resultado ainda não for ideal, uma nova sessão pode ser indicada com segurança.
Conclusão
A necessidade de mais de uma sessão de ablação por radiofrequência depende do tamanho, composição e comportamento do nódulo. Para nódulos grandes, sessões adicionais são comuns e fazem parte de uma abordagem segura, gradual e eficaz. O objetivo é garantir redução progressiva e preservação da tireoide, sem cicatriz e com mínimo desconforto.
O especialista analisa cada caso individualmente, acompanhando a resposta ao tratamento e indicando sessões complementares apenas quando realmente necessário. Dessa forma, o paciente tem um resultado estético e funcional mais completo, com segurança e preservação da glândula.
Compartilhe o conteúdo!
Tire suas dúvidas agora mesmo!




