Em quais tipos de nódulos a ablação de tireoide por radiofrequência pode ser usada?

A ablação de tireoide por radiofrequência pode ser usada em nódulos benignos, confirmados por biópsia, que causam sintomas, incômodo estético ou crescimento progressivo; em casos selecionados, pode ser indicada para microcarcinoma papilífero de baixo risco.
A ablação de tireoide por radiofrequência (RFA) é um tratamento moderno e minimamente invasivo que vem se consolidando como alternativa à cirurgia em muitos pacientes. Diferente da operação tradicional, que exige cortes e pode levar à retirada parcial ou total da glândula, a ablação preserva o tecido saudável e reduz o volume do nódulo por meio da aplicação de energia térmica controlada. Isso significa menos riscos, recuperação rápida e melhores resultados estéticos, sem cicatriz aparente no pescoço.
O procedimento é indicado sobretudo para nódulos benignos, diagnosticados por punção aspirativa (PAAF), que trazem sintomas como dificuldade para engolir, sensação de pressão no pescoço, alteração da voz ou até preocupação estética pelo aumento de volume. Em São Paulo, muitas mulheres procuram o tratamento justamente para resolver esse desconforto estético, já que a técnica não deixa marcas visíveis. Além disso, pacientes que apresentam nódulos de crescimento progressivo também podem ser beneficiados.
Outra aplicação importante da RFA é no tratamento de nódulos císticos e mistos, que frequentemente voltam a se encher de líquido mesmo após drenagens. A ablação destrói a parede interna do nódulo, reduzindo as chances de recidiva e trazendo melhora significativa para o paciente. Essa possibilidade amplia as indicações da técnica e a coloca como alternativa eficaz em casos em que outras terapias pouco invasivas não resolveram o problema.
Por fim, embora a principal indicação sejam os nódulos benignos, alguns centros de referência utilizam a RFA para casos selecionados de microcarcinoma papilífero de baixo risco, lesões menores que 1 cm, sem sinais de agressividade ou metástase. Nesses cenários, a técnica pode ser aplicada como alternativa à cirurgia, especialmente em pacientes que não desejam cicatriz ou têm contraindicação ao tratamento cirúrgico tradicional.
Quando é indicado a ablação de tireoide por radiofrequência?
A ablação de tireoide por radiofrequência é indicada majoritariamente para pacientes com nódulos benignos, cuja benignidade foi confirmada pela análise citológica obtida por punção aspirativa. Esses nódulos, ainda que não representem risco de câncer, podem trazer desconforto considerável, seja pelo tamanho, pelos sintomas compressivos ou pela preocupação estética de quem nota o aumento do pescoço. A RFA é capaz de reduzir de forma significativa o volume desses nódulos, oferecendo alívio rápido e sem necessidade de cirurgia.
Os nódulos benignos sólidos costumam apresentar uma boa resposta ao tratamento, com redução progressiva do volume ao longo de semanas e meses. Isso acontece porque o calor gerado pelo eletrodo destrói o tecido interno do nódulo, que depois é reabsorvido pelo organismo. Diferente da cirurgia, que exige anestesia geral e internação, a RFA pode ser feita em ambiente ambulatorial, com anestesia local e recuperação rápida.
Outro ponto importante é a preservação da glândula tireoidiana. Como a ablação não remove o órgão, há uma chance muito menor de o paciente desenvolver hipotireoidismo após o procedimento, algo relativamente comum em quem precisa passar pela cirurgia tradicional. Isso representa um grande benefício, principalmente para pacientes jovens que buscam manter a função tireoidiana por muitos anos.
Assim, os nódulos benignos continuam sendo o alvo principal da ablação de tireoide por radiofrequência, justamente por reunir segurança, eficácia e preservação da qualidade de vida. Pacientes com esse perfil encontram na técnica uma alternativa menos agressiva, mais rápida e com excelentes resultados tanto funcionais quanto estéticos.
Nódulos císticos e mistos
Entre os nódulos benignos, um grupo que responde especialmente bem à ablação são os císticos e mistos. Os nódulos císticos são compostos predominantemente por líquido, enquanto os mistos apresentam partes sólidas e líquidas. Muitas vezes, esses nódulos voltam a crescer mesmo após drenagens repetidas, o que causa frustração para o paciente e necessidade de novos procedimentos.
A ablação de tireoide por radiofrequência age de forma definitiva nesses casos, destruindo a parede interna do nódulo e impedindo que ele se reconstitua. Isso reduz de maneira significativa as chances de recidiva, trazendo maior segurança e tranquilidade a quem já sofreu com o reaparecimento frequente do problema. Nos nódulos mistos, a técnica atua sobre a parte sólida, reduzindo seu volume e proporcionando alívio dos sintomas.
Esse perfil de nódulo é comum em mulheres, especialmente a partir da meia-idade, e frequentemente está associado a queixas estéticas. A ablação oferece uma solução minimamente invasiva, sem cicatrizes e com tempo de recuperação curto, o que torna o tratamento altamente atraente para esse público. O impacto positivo na autoestima e no bem-estar do paciente é evidente após a redução visível do volume.
Além disso, estudos científicos mostram que os resultados da RFA em nódulos císticos e mistos são consistentes, com altas taxas de resposta e baixo risco de complicações. Isso reforça a técnica como uma opção segura e eficaz, especialmente para pacientes que buscam alternativas menos agressivas do que a cirurgia tradicional.
Microcarcinoma papilífero de baixo risco
Embora a RFA tenha sido desenvolvida inicialmente para nódulos benignos, pesquisas recentes demonstram sua eficácia também em microcarcinomas papilíferos de baixo risco. Esse tipo de câncer é caracterizado por lesões menores que 1 cm, bem delimitadas, sem sinais de agressividade ou metástases em linfonodos. Nessas condições, a ablação pode ser considerada uma alternativa válida à cirurgia, especialmente em pacientes bem selecionados.
O tratamento por radiofrequência nesses casos tem a vantagem de preservar a glândula, evitando as complicações associadas à cirurgia, como a necessidade de reposição hormonal pelo resto da vida. Além disso, por ser minimamente invasiva, a ablação evita cicatrizes e permite recuperação rápida, fatores altamente valorizados pelos pacientes.
Apesar dos benefícios, é importante reforçar que essa indicação ainda é restrita e deve ser aplicada somente em centros especializados. O acompanhamento deve ser rigoroso, com exames periódicos e ultrassonografia de alta resolução, para monitorar a resposta ao tratamento e detectar qualquer sinal de recidiva de forma precoce.
Portanto, embora não substitua a cirurgia em todos os cenários, a ablação já se apresenta como uma alternativa promissora para microcarcinomas papilíferos de baixo risco, trazendo novas perspectivas de tratamento para pacientes que antes tinham apenas a cirurgia como opção.
Quais os tipos de nódulos que ablação por radiofrequência não são indicados?
Nem todos os nódulos da tireoide podem ser tratados por radiofrequência. A técnica não é recomendada em casos de tumores malignos agressivos, nódulos suspeitos sem diagnóstico confirmado ou lesões múltiplas que exijam tratamento difuso. Nessas situações, a cirurgia ainda continua sendo a melhor abordagem, garantindo segurança e tratamento definitivo.
Outro ponto de atenção são os nódulos muito grandes, que podem exigir mais de uma sessão para alcançar a redução desejada. Ainda assim, em alguns casos, a cirurgia é a alternativa mais eficaz para garantir a resolução completa do problema.
Também não se indica a ablação em pacientes que não tenham condições de manter acompanhamento adequado. O sucesso da RFA depende de consultas de seguimento com ultrassonografias regulares para avaliar a resposta do nódulo e identificar possíveis necessidades de retratamento.
Portanto, a seleção dos pacientes é fundamental para o sucesso do procedimento. A decisão deve ser sempre tomada em conjunto entre médico e paciente, levando em conta não apenas as características do nódulo, mas também as expectativas e necessidades individuais.
Conclusão
A ablação de tireoide por radiofrequência pode ser usada com segurança em diferentes tipos de nódulos benignos, incluindo sólidos, císticos e mistos, trazendo excelentes resultados em termos de redução de volume, preservação da glândula e melhora da qualidade de vida. Em casos específicos e bem selecionados, também pode ser aplicada em microcarcinomas papilíferos de baixo risco, sempre com acompanhamento rigoroso.
Em São Paulo, o Dr. Erivelto Volpi, cirurgião de cabeça e pescoço especialista em tireoide, é referência na aplicação da técnica. Sua experiência e dedicação garantem uma avaliação criteriosa, indicação precisa e acompanhamento próximo, oferecendo aos pacientes a tranquilidade de estarem em mãos de um profissional que alia tecnologia moderna à segurança médica.
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